Quase 50 anos de histórias - que rendem uma descrição cheia de nomes, todos marcantes. Falamos hoje da Tropilha do Polaco, fundada na Estância do Arvoredo em 1968, de início na figura de Luiz Ribeiro Feijó. No início levavam cavalos aos rodeios sem custo algum - com seu Luiz, além de levar ele mesmo, ainda julgava as montarias. Serviço completo. Com o passar dos anos o trabalho foi ganhando forma, e em seguida criou-se o seu João Alzidio Figueira Feijó, que ganhou fama como o Polaco. Aos 17 anos, assumiu como capataz da Estância, e assim estava criada a famosa Tropilha do Polaco.
Os primeiros cavalos que surgiram foram oriundos da fazenda, mas depois de alguns anos, com a compra de três fazendas no Uruguai, deu-se inicio a importação de alguns reservados. O fluxo de animais era enorme, chegavam e saiam toda hora, pois o comércio com São Paulo era aberto. Nessa época, já eram muito mais de 100 cavalos na tropa: chegavam, cortavam uma ponta, subiam no caminhão sabendo aonde iriam - mas sem saber o dia da volta, a bater rodeio dias e dias. Depois da primeira fase, onde emprestavam os cavalos, o negócio de aluguel de cavalos começou realmente nos rodeios de Rolante. A tropa segue hoje em com João Feijó, Lucas Feijó e seus futuros herdeiros, os filhos do Lucas: João Lucas e os filhos do João: João Pedro e Leonel.
Os afamados da 1° geração: Velho Barreiro, Leão do Tigre, Rasga Diabo, o primeiro Botafogo (tostado queimado), Foguinho, Bugio, Palhaço, Baio Sujo, Macaco, Angenor, Bozo, Mijao, Barreiro Velho, Sabia, Leão, Vovô, Poncho Branco, Pau Ferro, Sofro, Fronteira, Passarinho, Debochado, Corvinho Pela Unha, Despachante, Bota Fora, Beiçuda e Azulega - essa última égua teve mais de 10 anos sem parada. A primeira grande parada foi em um rodeio na Barra do Ribeiro, onde Raul Romero (o homem de Santa Fé na Argentina) teve a honra de estar montando.
Logo em seguida vamos para a 2° geração: Comadre, Pelé, Soco, Limpa Banco, Pelado, Tobiano Celeste, Meia Volta, Mais Negro Lontra, Tobiano Crespo, Cangaía, Moura Cabeçuda, Patona, Rompe Ferro, Pombinha, Fim de Festa, Jararaca, Rasga Diabo, Bolinha, Baita Macho, Carroceiro, Cruzeira, Aroeira, Fim de Festa, Sucara, Bota Fora, Má Notícia, Brasão, Brasa, Remendo, Mini Saia (uma lenda viva), Tesoura, Capitu, Resbalo, Quebra Dedo, Pezinho, Lambari, Caroço, S10 (égua que deu a caminhonete para o Fábio Oliveira na Vacaria, no ano de 2000) e Jaguarão - o pai da Jaguarinha e o primeiro a derrubar Cássio Gonçalves, homem que já vinha há 5 anos sem saber o que era cair de cavalo.
Mini Saia, uma lenda viva no mundo dos rodeios, com mais de 20 anos, praticamente em todos os rodeios que participou esteva na final, e já deu mais de 50 títulos.
Os importados do Uruguai: Cambona, Chaleira, Pato Preto, Crespa, Rebolo, Rebuliço, Caraguatá, Morena Rosa, Estampido, Botafogo, Queimada, Gaiola, Beija Flor, Jaguarinha, sem esquecer as baias ruanas “Polaquetes” e Comadre, essa última oferecida pelo compadre José Vitoriano.
Logo já vem a 3° geração: Boina, Marreta, Formiga, Bagunça, Canário, Truco (cavalo que deu show em 2016 com Felipe Félix e Rafael Safons), Metralha, Traira, Espinilho, Revolto, Gaiteiro, Balconeiro, Poncho, Maragato, Gardenal, Saia Curta (filha da Mini Saia), Livramento, Embido e Chico Santo.
Boina - representante da Tropilha nos dias atuais.
Não se pode deixar de fora da história desta tropa os homens que por muitos anos ajudaram e conduzir os animais, desde dirigir caminhão até conhecer cada cavalo. São eles: Paulo e Cassio Gonçalves (os fieis escudeiros), Betinho Santos, Fabio Fontoura, Nelson Lopes, Seu Mario, Neri Adan Rmos, Quintanilla, Nilo Gato, Cezinha, Douglas Pitiço, Fabio Silva, Jeferson Pires e Rivelino Pereira. O Neri Ramos veio do Uruguai e passou cerca de seis a oito anos morando e trabalhando no Arvoredo. Quintanilla veio do Uruguai através do Polaco - e esta aqui até hoje.
Lucas e João ressaltam ainda algumas pessoas e rodeios no qual tinham e tem muito apreço, como os rodeios de Canela, onde tem a Arena Polaco Feijó. Começou por intermédio do patrão Arnaldo Tramontin e do Flavio Tomazelli. Em Capão da Canoa, com Sidinei Santos, e em Charqueadas o grande amigo Jair Foques, depois seguindo com Tasso Souza e por fim Sergio Lopes e Betinho Venturini. Também Paulo Moraes (o Paulo diabão - apelidado pelo pai, Seu Celso Luz (Celsinho) de Rolante), Seu Gima e Paulo Berlitz, sem esquecer o Chapotão e Celeste Terra que contratou os cavalos pro rodeio da solidão e aí tomamos conhecimento daquela região fazendo grande parte dos rodeios por varios anos... Solidao, Tavares, Bujuru, Bacupari e Capivari.
São Simão do amigo dono da Simão remates.
"Todas essas pessoas tratamos até hoje, e temos muito apreço!"
São Simão do amigo dono da Simão remates.
"Todas essas pessoas tratamos até hoje, e temos muito apreço!"