sexta-feira, 5 de maio de 2017

A Lenda vai se topar com o Mito - Combate vs Petim

Darci Renato Petim x Res. Combate


2017 é o ano do encontro mais esperado no mundo da gineteada… Aguardem...

Os 40 anos de Petim, sendo 28 em rodeios e os 27 anos do Combate, sendo no mínimo 24 de rodeio, 
5 décadas de gineteadas...Nunca se toparam…

Petim com 2 carros e 14 motos e com o sonho de montar no Combate, cavalo esse que já premiou 
mais de 12 motos, um caminhão de dinheiro e 6 carros.

O maior de todos os tempos, Combate, por sua longevidade contra um dos exemplos de ginetes, 
exemplo pelo talento aliado a simplicidade…

Desenho: Ciro Saraçol

Do anonimato ao estrelato: Aporreado Combate


Uma lenda viva no mundo da gineteada, a estrela no mundo do rodeio, um bragado de final.…

Animal de extrema docilidade, um cavalo criado na Estância Branca em Uruguaiana, domado e usado nas lidas de campo. Porém, não se deixava montar em pelo, então foi oferecido em venda para a Tropilha Furacão de Uruguaiana, de propriedade de Guinter de Quadros e Lucas Motta. Hoje com aproximadamente 24 anos de idade, esteve invicto por quase 10 anos, sendo sua primeira parada de Reno Villagran em São Gabriel. 

Em 2002 foi comercializado para Tropilha 3 Bandeiras, também de Uruguaiana, de Leandro Almeida, onde premiou mais de uma dúzia de carros e motos. Em 2013, foi comercializado com a Tropilha da Grota e Rincão dos Potros, de Pelotas, sua atual morada - e dali não sai por nenhum preço, confidencia Humberto Monks. "Uma curiosidade do Combate é que quando vai para o rodeio e derruba, volta pra casa normal, comendo normalmente. E quando não consegue derrubar passa semanas inquieto e sem comer, parece que sente o peso de não ter tido êxito", exalta o atual proprietário de Combate.

O tratamento do Combate também é diferenciado: somente boa ração, fica solto na pastagem durante o dia e dorme na cocheira. Na atual morada, já deu de prêmio um carro na final da Liga dos campeões e também Garrão do Pampa 2016, eleito o melhor cavalo na final da Liga dos Campeões em Osório no mesmo ano.



Francisco Santos x Combate 
(1998)

Darci Renato Duarte Petim - Talento aliado a simplicidade

Grande ginete e pessoa. Assim pode ser resumido a figura de Darci Renato Petim, nascido e criado na terra de Don Pedrito, casado com Catiuscia Boeira, pai de um casal de gêmeos, Martin e Flavia, duas meninas Isis e Suelen e já tem  tem uma neta, Beatriz, no auge dos seus 40 anos. Já morou por diversas cidades e Estados, tais como Mato Grosso, São Paulo, Glorinha, Nova Santa Rita dentre outras, e hoje tem Canoas como casa, onde tem uma hotelaria, centro de doma e cabanha. A participação em rodeios, por conta de compromissos de trabalho, está menor. Mas em Janeiro de 2017 volta a montar nos grande rodeios do Estado.

Petim tem um estilo próprio: rédea de alça (que praticamente ninguém usa mais), relho agarra pelo cabo, senta um pouco mais atrasado, esporeia mais na frente e normalmente tem um saída que parece ser fácil. Iniciou sua carreira aos 12 anos de idade em rodeio de Bois, e na primeira investida, já se sagrou campeão. Aos 15 anos começou a participar de rodeios em cavalos e, de novo, no seu primeiro rodeio saiu premiado. Tudo isso sempre com incentivo forte do pai, José Petim e o amigo Odete Monetário - que já galopeavam muitos potros para eles desde cedo. A gineteada está no sangue.
Teve algumas breves passagens em montarias em Touros, nos ano de 1998 ficou 4 meses em São Paulo, em 1999 3 meses no Mato Grosso e em 2000 mais 5 meses em São Paulo, depois retorna ao Rio Grande do Sul e se dedica unica e exclusivamente aos cavalos.

Quando iniciou nos rodeios, poucos eventos premiavam em carros e motos. Mesmo assim, ostenta os títulos de 2 carros e 14 motos. Seu primeiro carro foi no Mato Grosso, em seguida o segundo em Pelotas. Já sua primeira moto veio aos 18 anos de idade na Semana Crioula de Bage.

Nos títulos mais importantes, tem o Conesul em Santa Maria, a Semana Crioula de Bagé, Osório e Forqueta - esse último foi onde ganhou a rastra que usa até hoje. Tirou o Invicto da Castelhana da Tropilha Maragata de Julio Assis Brasil, Nicotina da Tropilha Pantera Negra de Apagioto e Chapolin de Salazio de Santa Catarina. Sua montaria em rodeio mais bonita foi no cavalo Botafogo da Tropilha do Polaco - "melhor cavalo que já montei", lembra o ginete. Com objetivos traçados, a próxima meta é ganhar o rodeio dos Praiano em SC - onde já tem quatro vezes o segundo lugar. 



Petim x Conhaque (Floresta)
Vacaria - 2000
(Saiu em 1° de nota na classificatória, mas não chegou ao título). 


Gosta de parar bons cavalos, andar bem neles, parar bem um cavalo pulador. Acredita que os melhores cavalos a andar pelos rodeios atualmente são Combate, Raposa e Maluco, e espera uma oportunidade de topar com o Combate - para ele o melhor cavalo que já passou pelos rodeios, principalmente por sua longevidade. Quando pedimos por grandes ginetes como ele, lembra de Adenir Oliveira, Roque Silveira e Gato Preto, todos de Santa Catarina. Como mensagem de vida e de ginete, Petim declara: "Devemos ser honestos com todos, respeitar as pessoas e princialmente os cavalos, pois são eles que nos dão o prêmio e a sensação de montá-los."


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